Entrámos naquela fase de Macau de que não gosto: as despedidas. Custa muito ver as pessoas a partir, por mais feliz que fique por eles, fico sempre de coração pequenino. Vão embora de Macau duas famílias muito queridas, que muitas saudades nos vão deixar, a nós e às míudas. As miúdas, coitadas, que ainda não entendem bem se são de cá ou de Lisboa, vão perguntando (com algum receio da resposta) se também temos de partir... E se há alguns anos essa resposta estaria na ponta da língua, hoje em dia custa-me muito pensar nisso. Portugal, neste momento, está longe de ser o país dos meus sonhos, não tenho coragem de pensar em recomeçar noutro lugar e a verdade é que me sinto bem aqui. Afinal de contas são quase 7 anos! Macau continua pequeno, caro e poluído. Por ser pequeno, faltam-nos imensos recursos (mas se formos a comparar com o passado, a evolução é bastante significativa). Se fosse mais barato seria o ideal... gastamos fortunas em bens essenciais, sendo que habitação e alimentação...