8 de março
Dia 8 é dia de celebrar o que fizeram por nós. Não de lembrar ao mundo
que a mulher é o sexo fraco, como muitos idiotas gostam de dizer, mas de
agradecer a todas as mulheres que lutaram para que possamos ter a vida
que temos!
Ainda no outro dia conversava com umas amigas sobre feminismo. Tenho ideia de já aqui o ter dito que não me sinto propriamente uma feminista. Talvez o problema esteja no conceito em si ou na minha interpretação. Feministas foram as mulheres que lutaram no passado para conseguirem ter um lugar no mundo. Esse lugar que agora nós ocupamos. Nós, mulheres do mundo ocidental de hoje, não precisámos de lutar por direitos. Ou melhor, eu não precisei de lutar por direitos... Nunca senti que me vedassem oportunidades pelo facto de ser mulher. Nunca. Talvez tenha tido sorte, admito. Admito também que as nossas diferenças nos possam limitar (na sua maioria os homens são muito mais forte fisicamente e não têm as hormonas que fazem o nosso humor oscilar tantas e tantas vezes). Por isso, por não me sentir despreviligiada, não me considero feminista. No entanto, não concebo a ideia de homens receberem mais que mulheres ou terem mais oportunidades só porque sim... sem justificação... não entendo que nos dias de hoje ainda haja mulheres a serem despedidas por estarem grávidas.... e o que me tira mesmo do sério é ver pessoas a desvalorizarem o trabalho de mães a tempo inteiro. E digo "pessoas" e não homens porque, durante o ano em que estive em casa com a minha filha Isabel, os comentários mais nojentos e os olhares mais escrupulosos vieram de mulheres. Comentários do género "quando tiveres um trabalho à séria" ou "estou exausta porque não tenho a tua sorte de poder ficar em casa a descansar" foram mais que muitos. Evoluiu-se em muita coisa. Podemos até ter todos os direitos, mas precisamos ainda de crescer muito no que diz respeito à consideração pelo outro (forma simpática de me referir à sacanagem). Se sou feminista, se calhar sou. Se alguma vez sentir que me pisam os calos pelo simples facto de ser mulher, de braços cruzados não hei-de ficar. Só não me identifico com algumas pessoas que se consideram a voz dos feminismo dos dias de hoje. Há campanhas que me mais me parecem de oportunismo do que feminismo. Pegando na questão inicial, se calhar sou feminista, talvez o meu problema esteja no conceito em si ou na forma como eu (ou as outras) o interpreto.
Ainda no outro dia conversava com umas amigas sobre feminismo. Tenho ideia de já aqui o ter dito que não me sinto propriamente uma feminista. Talvez o problema esteja no conceito em si ou na minha interpretação. Feministas foram as mulheres que lutaram no passado para conseguirem ter um lugar no mundo. Esse lugar que agora nós ocupamos. Nós, mulheres do mundo ocidental de hoje, não precisámos de lutar por direitos. Ou melhor, eu não precisei de lutar por direitos... Nunca senti que me vedassem oportunidades pelo facto de ser mulher. Nunca. Talvez tenha tido sorte, admito. Admito também que as nossas diferenças nos possam limitar (na sua maioria os homens são muito mais forte fisicamente e não têm as hormonas que fazem o nosso humor oscilar tantas e tantas vezes). Por isso, por não me sentir despreviligiada, não me considero feminista. No entanto, não concebo a ideia de homens receberem mais que mulheres ou terem mais oportunidades só porque sim... sem justificação... não entendo que nos dias de hoje ainda haja mulheres a serem despedidas por estarem grávidas.... e o que me tira mesmo do sério é ver pessoas a desvalorizarem o trabalho de mães a tempo inteiro. E digo "pessoas" e não homens porque, durante o ano em que estive em casa com a minha filha Isabel, os comentários mais nojentos e os olhares mais escrupulosos vieram de mulheres. Comentários do género "quando tiveres um trabalho à séria" ou "estou exausta porque não tenho a tua sorte de poder ficar em casa a descansar" foram mais que muitos. Evoluiu-se em muita coisa. Podemos até ter todos os direitos, mas precisamos ainda de crescer muito no que diz respeito à consideração pelo outro (forma simpática de me referir à sacanagem). Se sou feminista, se calhar sou. Se alguma vez sentir que me pisam os calos pelo simples facto de ser mulher, de braços cruzados não hei-de ficar. Só não me identifico com algumas pessoas que se consideram a voz dos feminismo dos dias de hoje. Há campanhas que me mais me parecem de oportunismo do que feminismo. Pegando na questão inicial, se calhar sou feminista, talvez o meu problema esteja no conceito em si ou na forma como eu (ou as outras) o interpreto.
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