No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,  Eu era feliz e ninguém estava morto.  Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,  E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.    No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,  Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,  De ser inteligente para entre a família,  E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.  Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.  Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.    Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,  O que fui de coração e parentesco.  O que fui de serões de meia-província,  O que fui de amarem-me e eu ser menino,  O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui…  A que distância!…  (Nem o acho…)   O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!    O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,  Pondo grelado nas paredes…  O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme at...