C´est ma vie

Apesar de Macau ser pequeno nunca nos falta programa. Ou só nós, ou com a família de cá ou com amigos... Às vezes os programas são demasiados e nesta altura do ano os fins-de-semanas não chegam para o número de festividades! Volta e meia, aparecem programas diferentes, como um piquenique que tivemos há umas semanas atrás mais virado para a arte. As minhas filhas amaram!!! Pintaram um quadro, uma casa e as próprias roupas! Mal demos pela Isabel, que estranhamente substituiu o baloiço pelo pincel! Lá para Outubro, quando o tempo arrefecer, havemos de repetir!

Entrámos naquela época do ano em que é insuportável andar pelas ruas de Macau. O calor, a humidade, o suor.... tudo é um horror! Vale-nos o ar condicionado que nos enche de alergias, mas que não nos deixa derreter por completo! Este tempo pede muita água, frutas e saladas, vamos lá ver se me ponho na ordem outra vez ;)  Boa semana!!!!

Nestes últimos dois dias trabalhei, demos um lanche em casa, tivemos uma festa de noivado, um passeio de barco e ainda uma festa de crianças.... Parece que passou por nós um furacão, daqueles bem fortes! 

Como já aqui tenho escrito, este ano decidi ler um livro por mês. Para conseguir cumprir este objectivo tento aproveitar os poucos tempos mortos. Mesmo que tenha uma criança a dormir ao colo e um livro de 900 páginas... Com vontade tudo se consegue! Boa sexta-feira!  

Esta semana voltámos a juntá-las num mesmo quarto. Já têm as mesmas horas e (também porque nos pediam) achámos que estava na altura de tentar outra vez! Na primeira noite adormeceram às 23h30, na segunda noite às 23h e ontem às 22h. Estas alterações são sempre um autêntico desafio, sobretudo porque elas são muito cúmplices nos disparates... Vamos lá ver como corre a segunda semana.

Estamos a precisar de passar os fins de semana em banhos... Vamos lá ver se damos início já este fim-de-semana!

Ando numa fase menos boa. Estou muito cansada, os dias são geridos por uma agenda lotada, sem grandes margens e com muito poucos lucros! Há dias em que me sinto verdadeiramente frustrada, há outros em que tudo me faz sentido! Esta ambiguidade, que sempre fez parte de mim, consegue desencadear a loucura que em mim reflecte-se (muito) no cansaço.

A nossa filha Teresa já teve dois trabalhos de casa.... O último tinha como tema o dia da Mãe e pediam para ajudarmos os nossos filhos a desenvolverem a criatividade enquanto desenvolveríamos uma relação de mais proximidade com as crianças. Percebo um esforço por parte da comunidade chinesa em criar novos hábitos relacionais (durante os dois anos lectivos que a Isabel lá andou não nos pediram nada do género) e gosto disso, só não entendo o resultado final. Passo a explicar. Fizemos os trabalhos com ela, que obviamente adorou. Foi um fartote e feito sempre a muitas mãos, já que a Isabel também adora participar nestas coisas. Deixámos sempre a Teresa guiar o "seu trabalho" e os resultados foram dignos de uma bebé de 2 anos! No dia em que entregou este último trabalho não se aguentava de tanto orgulho... entrou na aula toda esticada e a sentir-se a pessoa mais importante do mundo. Um amor! Esta semana fizeram a exposição dos trabalhos e qual não foi o meu espanto quando percebi...

Na semana passada passei um dia inteiro no tribunal. Uma coisa que podia ter corrido uma hora (caso tivesse sido das primeiras a testemunhar) demorou 8 intermináveis horas. Foi uma valente seca, custou-me um dia de trabalho (ser trabalhador liberal tem destas coisas) e mexeu com toda a minha dinâmica familiar. Foi um dia da minha vida desperdiçado, mas compensou! Compensou cada minuto de espera. Saber que contribui para se fazer justiça faz-me sentir realizada pessoal e profissionalmente! Há casos que nos marcam muito (inevitavelmente, já que também somos pessoas) e este foi um deles! Sentir que a injustiça está prestes a acabar faz-me sentir muito mais feliz!

Temos tido serões animados lá por casa entre livros, puzzles e jogos de cartas. Podia ser tudo perfeito se elas percebessem a sequência: brincar, fazer xixi e ir para a cama DORMIR. Vá lá entender a razão, mas as minhas filhas lutam muito contra o sono e isso (às vezes) dá cabo de mim... Naquela hora em que só me apetece beber o meu chá e ler um bocadinho, que por muito pouco que seja faz-me sempre muito bem à alma, trepo às paredes com as constantes idas à casa de banho, as dúvidas existenciais e afins. Eu preciso de sentir que também tenho serão e que também posso usufruir do silêncio da casa. Preciso deste tempo para acalmar do dia que passou e ganhar fôlego para o próximo. Entrámos no quinto mês do ano e no quinto livro. O meu objectivo até agora está a ser cumprido: um livro por mês ou 12 no total do ano. Pode parecer pouco, sobretudo para quem anseia ler tudo o que está nas prateleiras, mas na verdade é o melhor que se consegue...