A demência, a frustração e a dignidade

A minha família tem passado por momentos complicados, e todas as semanas a complicação aumenta... Deste lado do mundo lido com o crescimento, mas o resto da minha família gere o dia-a-dia de quem perde, todos os dias, funções vitais para viver em dignidade!
A doença do meu Pai, já vos disse outras vezes, veio camuflada mas subtilmente, como quem não queria nada mas queria tudo, tirou-lhe a capacidade de comunicar. Primeiro a escrita, depois a falada ou terá sido ao contrário? Primeiro foi-lhe a consciência e só depois a linguagem! Ou terá sido ao contrário?
O desgraçado está enfrascado em remédios para o cérebro se manter vivo, mas o raio da demência não se deixa conhecer... Demente que só ela, leva agora a capacidade de controlar os poucos movimentos que lhe restavam... E para quê?!?! Onde fica a dignidade da pessoa? 
Coitado do meu Pai, coitados destes doentes, das famílias e dos próprios médicos... É uma frustração imensa correr contra a vontade do cérebro! Se ele diz que vai parar, quem o consegue convencer do contrário?!
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